quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Oficina de Arteterapia para integrar o grupo com suas histórias

 A oficina de arteterapia com argila inspirada nas três Moiras (Cloto, Láquesis e Átropos) pode ser uma atividade simbólica e introspectiva, abordando temas de destino, escolha e ciclos de vida. A técnica do acordelado (ou minhoca) é ideal para uma construção progressiva, que pode representar a linha da vida e os diferentes papéis que cada Moira simboliza.

Cloto, a jovem fiandeira, é quem acolhe cada alma na tênue linha do existir. Com mãos gentis e olhos de profunda serenidade, ela fia o primeiro fio, fincando-o no tear invisível do universo. Em cada volta do fuso, ela infunde sonhos e esperanças, como se cada fio fosse uma promessa de luz a percorrer o mundo. A cada novo fio que começa, um futuro é aberto, uma nova possibilidade desabrocha na imensidão.

Láquesis, a medidora e a guardiã das escolhas, é aquela que segura o fio e decide o caminho. Ela observa o fio que Cloto deu à luz e, com precisão misteriosa, mede cada centímetro, dando forma ao destino de cada um. Láquesis entrelaça o fio com outras histórias, unindo vidas e cruzando caminhos, num jogo sutil de encontros e partidas. Cada metro que ela mede é um passo dado, um momento vivido, um traço no mapa de uma vida.

Por fim, há Átropos, a infalível ceifadora, cuja sombra se estende sobre o último suspiro. Com a sua tesoura afiada e silenciosa, Átropos guarda o poder de encerrar o fio, de pôr fim ao que um dia começou. Ela não corta com pressa, mas com uma precisão eterna e suave, como uma despedida que já sabia que viria. Seu corte não é cruel, mas inevitável, uma libertação que devolve o fio ao seu ciclo eterno.

As Três Moiras não são apenas donas do destino; são as fiandeiras de nossos mistérios mais profundos, o reflexo do que somos e do que sempre seremos. Cada fio que elas tecem, medem e cortam é um lembrete sutil de que a vida é feita de inícios, escolhas e finais. Na tapeçaria que elas criam, somos apenas fios, mas também somos poesia, entrelaçados na vastidão do eterno.

E assim, sob a vigilância das Moiras, dançamos ao som do destino, numa melodia que começa com Cloto, é medida por Láquesis e silenciada por Átropos — um ciclo infinito de existência, tão frágil quanto um fio e tão eterno quanto a própria vida.




















































































































































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